A família de Maria Dioneide dos Santos e Juvenal: casados pais de 03 filhos: Ele servente de pedreiro ela, do lar e portadora de esquizofrenia, moradores da Alameda 111 no bairro Itapuâ.
As crianças Andson com 02 anos e Ana Flavia com 04, foram cadastrados no projeto Adoção a Distancia mais ou menos em 2000, o filho mais velho do casal tinha 08 anos, o local onde mora é de difícil acesso, por causa da distancia até o CENFI, também pelas enormes crateras abertas próximo de sua casa, mesmo os pais sendo semi-alfabetizados entenderam todas as informações que lhes foram repassadas sobre os trabalhos desenvolvidos na Instituição. E como foram observadas as grandes dificuldades enfrentadas como: A senhora Dioneide quando surtava, necessitava de ficar por um bom tempo em Clinicas Psiquiátrico, enquanto isso as crianças ficavam sob os cuidados da tia Francisca, a moradia era um minúsculo cômodo, sem energia elétrica, piso, reboco, banheiro e muito mal construído, os moveis: Apenas um fogão muito velhinho com apenas uma chama que funcionava, uma prateleira com 05 tabuas construída pelo próprio Juvenal, uma cama com colchão de casal, um velho guarda roupas sem portas, roupas, calçados e alimentação insuficiente para a família.
Depois de explicar sobre o projeto, e os benefícios que teriam participando das atividades, foi feito o cadastro das crianças e na semana seguinte, eles começaram a participar das atividades do CENFI, na época se falava Projeto Nutrir Assistir e Educar (ou escolinha das Irmãs), lá participava das reuniões de formação das famílias, recebia uma cesta básica mensal, as crianças passaram pela Educação Infantil, alfabetização e apoio escolar, atendimento psicológico e olha que para chegar até a Instituição eles gastavam uma hora e 20 minutos por ser muito distante, mas mesmo com chuva, ou sol sempre foram assíduos.
Com a construção da sede atual, outros trabalhos foram oferecidos: foi quando o Edsom e Ana Flavia já Jovens adolescentes participaram do Grupo de Jovens, Fizeram cursos de Informática e corte costura, mas sem sucesso, já que os três filhos apresentam grandes dificuldades de aprendizagem, mesmo repetindo os cursos mais vezes não deu certo, mas jamais desistiram, então fizeram o curso de Panificação, claro que foi mais de uma vez, mas graças à persistência e determinação o Jovem Edsom conseguiu se qualificar e entrar para o mercado de trabalho em uma panificadora próximo do bairro em que eles moram, nisso as coisas foi melhorando, com ajuda de um e de outro, hoje o pequeno cômodo se transformou em uma casa com 05 cômodos três quartos, sala, cozinha, banheiro, área de serviços, o piso é de cimento as telhas de amianto, falta reboco por fora, mas tudo agora é mais fácil, eles aproveitam os bazares que tem no CENFI, para comprar roupas e calçados, participam dos grupos de convivência quando podem.
Um fato interessante é que mesmo com suas limitações e carências econômicas o quintal da casa sempre todo plantado com arvores frutífero, mandiocas, millhos, aboboras, hortaliças, todo tipo de legumes e verduras tudo muito bem cuidado, e ultimamente estão criando no quintal de casa galinhas e patos.
Hoje, apesar de faltar acabamento na construção da casa, eles podem contar com: Geladeira, fogão funcional, maquina de costura, tanquinho, cama com colchão para cada dos filhos, mesa com cadeiras, e sofá. Claro que tudo é usado, mas com estado de uso. E também a própria Ana Flavia e o Andson tem uma banca na feira de quarta feira, onde eles revendem brinquedos e conseguem uma renda extra. A mãe atualmente está bem, em tratamento em casa, pena que: segundo a sua tia Francisca surgiu um caroço no seio de Ana Flavia e que segundo os médicos é benigno, mas necessita de cirurgia, e então ela está aguardando a liberação do SUS.
Hoje podemos dizer que a família participativa e com o acompanhamento regular, mesmo com todas as limitações tem condições de vencer os obstáculos e ser feliz.
PARABENS A MARIA DIONEIDE, JUVENAL, EDSON, ANA FLAVIA E ANDSON.
Aparecida de Goiânia